Projeto pioneiro da Natura usa drones com inteligência artificial para mapear e restaurar biodiversidade na Amazônia
Data de Publicação: 8 de abril de 2025 05:31:00 Em parceria com a startup Bioverse e comunidades amazônidas, a companhia realizou o maior inventário florestal já feito por sobrevoo de drones. Mapeamento de espécies, 200 vezes mais rápido, identifica áreas degradadas para recuperação florestal.
Projeto pioneiro da Natura usa drones com inteligência
artificial para mapear e restaurar biodiversidade na Amazônia
Em parceria com a startup Bioverse e comunidades amazônidas, a companhia
realizou o maior inventário florestal já feito por sobrevoo de drones. Mapeamento de
espécies, 200 vezes mais rápido, identifica áreas degradadas para recuperação
florestal.
A Natura, em parceria com a startup brasileira Bioverse e comunidades da sua cadeia de
sociobiodiversidade na Amazônia, conduziu o maior inventário florestal já feito no Brasil
utilizando drones com inteligência artificial. O estudo mapeou e coletou em seis meses dados
de 60 mil hectares de floresta no Pará, área que equivale a aproximadamente 100 mil campos
de futebol. Pelos métodos convencionais, um inventário nessa área levaria mais de duas
décadas.
O objetivo do estudo é ampliar as cadeias produtivas da Natura na Amazônia, onde a
companhia atua há 25 anos por meio da bioeconomia, e coletar dados-chave para projetos de
conservação e recuperação florestal, como mensuração de estoques de carbono,
saudabilidade das espécies, além de potenciais produtivo e econômico da floresta conservada.
O trabalho é feito em parceria com cerca de 70 famílias das comunidades dos municípios de
Abaetetuba e Irituia. Dessas, algumas pessoas são contratadas e recebem treinamentos para
instalar e operar os equipamentos de sensoriamento remoto, assim como para o uso de
softwares que fazem o cruzamento dos dados coletados sobre as espécies com as imagens
capturadas pelos drones.
“A Natura tem como meta ser uma empresa regenerativa até 2050, com impactos positivos
para as pessoas, a natureza e a sociedade. Projetos como esse promovem um impacto
ambiental, mas também social, a partir do momento em que são capacitadas as comunidades
locais com inovação e tecnologia para que possam fazer uso sustentável dos recursos da
Amazônia e prosperarem em seus negócios”, afirma Rômulo Zamberlan, diretor de pesquisa
avançada da Natura.
O inventário florestal impacta no desenvolvimento e na manutenção das cadeias produtivas em
longo prazo, como de tucumã e açaí, que originam bioingredientes presentes em linhas como
Natura Ekos. Isto porque a tecnologia permite um plano de manejo mais detalhado para cada
espécie utilizada nos produtos, e garante à Natura a melhor forma de extrair insumos da
biodiversidade na Amazônia, visando conservação ambiental e ganhos socioeconômicos para
as cooperativas da região.
O projeto ocorre em um momento-chave para a região, que será a anfitriã da COP 30, em
novembro deste ano, em Belém. “Com todos os olhos voltados para a Amazônia, será muito
importante mostrar que, com tecnologia, inovação e valorização do conhecimento tradicional,
podemos aliar prosperidade econômica e conservação”, complementa Rômulo.
Desde 2000, com o lançamento da linha Natura Ekos, a companhia estabeleceu na região um
modelo de negócio baseado na bioeconomia que já desenvolveu 44 bioingredientes, com meta
de expansão para 49 nos próximos dois anos. O manejo dos bioativos é feito de maneira
sustentável, em parceria com 44 comunidades amazônidas, que somam mais de 10 mil
famílias agroextrativistas. Junto da Natura, contribuem para conservar 2,2 milhões de hectares
de floresta - a meta é ampliar a área para 3 milhões até 2030. As ambições públicas da Natura
incluem o compromisso de aumentar para 30% os ingredientes-chave provenientes de
comunidades e pequenos agricultores, com ênfase na regeneração.
Como funciona a tecnologia
Para realizar o inventário florestal conduzido pela Natura no Pará, a Bioverse criou uma
tecnologia própria de monitoramento por drones, adquiridos da fabricante nacional Xmobots. O
desenvolvimento dessa plataforma, que também contou com o apoio do Governo Federal por
meio do FINEP, enfrentou desafios regulatórios para atender às exigências do espaço aéreo
brasileiro e contou com o envolvimento direto das comunidades locais na implementação da
solução tecnológica.
Segundo o diretor-executivo da Bioverse, Francisco D’Elia, a plataforma de aerolevantamento
utiliza inteligência artificial treinada especificamente para reconhecer espécies amazônicas de
interesse econômico e ecológico, além de classificar diferentes usos da terra. Para alcançar
esse nível de precisão, foram analisadas milhares de imagens captadas durante sobrevoos
realizados pela empresa em diferentes regiões da Amazônia. “O resultado é um sistema capaz
de realizar levantamentos com resolução até dez vezes superior à disponível em imagens de
satélites comerciais tradicionais, porém com um custo operacional reduzido”, afirma.
Além do uso dos drones da Xmobots e de uma plataforma desenvolvida pela Bioverse, de
processamento das imagens e extração dos dados relevantes que envolvem tecnologia de
ponta em geoprocessamento e IA. A startup criou ferramentas digitais acessíveis por
dispositivos móveis voltadas especialmente para extrativistas e cooperativas locais. A ideia é
dar às comunidades amazônicas acesso direto e simples aos dados coletados, facilitando o
planejamento da produção agroflorestal e o gerenciamento mais preciso das áreas produtivas.
Ainda de acordo com Francisco, a medida abre caminho para que produtores regionais se
insiram também em iniciativas como projetos de créditos de carbono.
O diretor ainda afirma que o desenvolvimento tecnológico apresentado no projeto tem potencial
para estruturar uma nova dinâmica produtiva na Amazônia, ampliando a escala de práticas
regenerativas. “Temos um compromisso claro: revolucionar a matriz produtiva agroflorestal da
região. A parceria com a Natura está provando que é possível estruturar a bioeconomia em
larga escala na floresta, conciliando conservação e desenvolvimento sustentável”, finaliza.
Sobre a Natura
Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira, líder em beleza e cuidados pessoais na América Latina.
Conta com 3,5 milhões de Consultoras na América Latina, sendo líder no setor de venda direta no Brasil. Foi a primeira
companhia de capital aberto a receber a certificação de empresa B no mundo, em dezembro de 2014, o que reforça
sua atuação transparente e sustentável nos aspectos social, ambiental e econômico. É também a primeira empresa
brasileira a conquistar o selo "The Leaping Bunny", concedido pela organização de proteção animal Cruelty Free
International, em 2018, que atesta o compromisso da empresa com a não realização de testes em animais de seus
produtos ou ingredientes. Com operações na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, França, México,
Peru e Malásia, os produtos da marca Natura podem ser adquiridos com as Consultoras, por meio do e-commerce, app
Natura, nas lojas próprias ou nas franquias "Aqui tem Natura". Para mais informações, visite www.natura.com.br ou
acesse os perfis da empresa nas redes sociais: LinkedIn, Facebook e Instagram.

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